Expressando opiniões próprias sobre assuntos relevantes e provocando a reflexão sobre situações cotidianas em textos que procuram fazer sentido através de uma linguagem simples, mas que pode te levar a um grande aprofundamento.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Sentença de Morte.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Prioridades
Ass: Bruno Santos
#SaudadesTVGlobinho"
A Benção Madrinha
- A Igreja Católica está cheia de palhaçada pra batizar agora! - ao que a senhora de rosto conhecido respondeu: - É verdade.
Sinceramente, essa situação me incomodou bastante. Por ela estar falando mal da igreja? Não! Por ter chegado a conclusão que mais uma criança seria batizada por pais que não compreendem a importância desse sacramento ou dos padrinhos.
Essa figura tem sido distorcida por nossa cultura materialista e se tornado uma simples máquina de dar presentes e mimos, quando deveria ter um sentido bem mais profundo.
Nos contos infantis, as "fadas madrinhas" aparecem para seus afilhados em momentos de apuros e lhes oferecem suções mágicas, mesmo que os afilhados ne sequer soubessem de sua existência até poucos minutos. Tenho em São Paulo a figura do primeiro padrinho dentro da igreja católica e vejo o cuidado dele com as comunidades por onde passou o equivalente ao que espero dis padrinhos de meus filhos.
A principal função dos padrinhos é auxiliar os pais na formação cristã dos afilhados ou até substituí-los nessa função em caso de ausência e/ ou omissão dos mesmos. Sendo assim, antes de ter uma boa relação com os pais ou uma boa condição financeira, o padrinho escolhido deve ter uma relação de intimidade com Deus. Ser um exemplo de vida. Como exemplo, digo que o padrinho deve seguir aquilo que a Igreja indica a seus fiéis e estar em dia com seus sacramentos.
Isso inclui ser crismado, viver a castidade (sendo solteiro ou casado, mas principalmente sendo casado) e não viver uma situação que o impeça de comungar.
Uma outra característica importante dos padrinhos é a participação ativa na vida do batizando, afinal, lembrar dos afilhados apenas no natal e no aniversário fere seu verdadeiro objetivo. Um padrinho presente é um ombro amigo, que conhece o afilhado tanto quanto os próprios pais, mas pode dar uma visão externa dos acontecimentos.
Um padrinho que vive longe dos afilhados nada mais é que um "parente" distante, uma lembrança vaga. Os padrinhos devem ser aqueles que levam as crianças na missa quando os pais não podem, que inscrevem as crianças na catequese quando os pais nem sequer sabem que as inscrições estão abertas, que perguntam: "Você já rezou o terço hoje?" quando a criança chega na sua casa e está pronto para dizer: "Então vamos rezar juntos!" ao receber uma resposta negativa.
Entendo que alguns pais tenham a intenção de eleger amigos como padrinhos de seus filhos, promovendo-os dessa forma à cumpadre ou cumadre, estreitando os vínculos de amizade, mas os parâmetros para ser amigo e padrinho são diferentes. Você pode fazer um amigo na fila do cinema, no banco de um ônibus, na internet, em uma mesa de bar e até em um show. Já um padrinho deve ser escolhido dentro da Igreja.
Você pode ter amigos dos mais variados tipos, pode colocar todos dentro da sua casa para conviverem com o seu filho e ensiná-lo a respeitar todos, mas o padrinho dele tem que se encaixar naquilo que a Igreja pede, para que no dia em que a sua postura ou suas companhias estiverem prejudicando a criança exista uma referência para apontar onde está o erro. Mas essa, é apenas a Minha Humilde Opinião.
As: Bruno Santos
sábado, 8 de outubro de 2016
Tia de Quem?
Ass: Bruno Santos
Fontes:
SANTOS, Humberto C. Professora não é tia: Professora é educadora. In Revista Estação Científica - Juiz de Fora - N° 13, Janeiro a Junho/2015
Pronomes de Tratamento.
<http://m.portugues.uol.com.br/gramatica/pronomes-tratamento.html> Acesso em: 08/10/2016
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. SP. Editora Olho D'água, 1997.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Marca Líder.
No ramo da publicidade existe um conceito conhecido como Marca Líder. Chamam assim marcas que se tornam referência em um seguimento a ponto de terem seus nomes confundidos com o dos próprios produtos.
É o caso do Nescau, que é como chamamos qualquer achocolatado em pó, seja ele da marca Toddy ou Chocopinho, do Bombril, que passou a ser um sinônimo de esponja de aço, da Gillette, que parece servir para qualquer lâmina de barbear e não esqueça do Cotonete que oficialmente se chama "haste pequena envolta em algodão". Na gramática essas substituições recebem o nome de metonímia.
Há alguns séculos atrás, uma pessoa ou grupo de pessoas criou uma "marca líder" com indiscutível sucesso. O problema é que essa "marca" não se referia a um produto ou a um fabricante, se referia ao conceito de beleza. Pode ser que isso tenha acontecido apenas comigo, mas durante muitos anos da minha vida, ao ouvir a expressão MULHER BONITA a associação feita automaticamente era a imagem de uma mulher branca, com longos cabelos loiros e lisos, alta e magra, mas ainda com curvas.
Eu não estou dizendo que nunca tinha visto uma mulher negra que considerasse bonita, o que quis dizer é que, sempre que uma mulher bonita era representada, fosse em um filme, livro, desenho animado, novela ou concurso de beleza, ela nunca era negra. Aliás, mesmo nos concursos internacionais de beleza, parecia que os negros só existiam no continente africano.
Uma parte importante no processo de tornar uma marca " A Melhor" é fazer as outras parecerem piores do que realmente são e essa, sem dúvida foi a etapa mais bem sucedida do processo. Fizeram o cabelo crespo se tornar "cabelo ruim", a pele com maior taxa de melanina se tornou um sinônimo de sujeira, no sentido literal e moral, e o nariz achatado virou "nariz de batata". Até as curvas das negras passaram a ser vistas com volúpia pecaminosa.
As vezes, subindo meu feed de notícias vejo postagens de pessoas que dizem ter vencido o preconceito porque tinham sobrepeso na infância e conseguiram emagrecer, porque eram muito magras e ganharam corpo com malhação ou porque se achavam feios e agora podem exibir o resultado de seus anos usando aparelhos ortodônticos, fazendo tratamentos de pele e novos penteados. Tenho que dizer a essas pessoas: Vocês não venceram o preconceito!
Vocês aceitaram o preconceito, compraram o produto dele, tomaram o que ele disse como verdade e se adaptaram as suas vontades. Deixar de ser gordo não te faz vencer a gordofobia, só te faz deixar de ser uma vítima imediata dela. Acontece que um negro não pode deixar de ser negro, não importa quanto racismo ele sofra. Ter sua imagem depreciada mexerá com sua auto estima e ele tentará se enquadrar ao padrão de beleza socialmente estabelecido, alisando seus cabelos, mudando sua forma de falar, seu jeito de se vestir, suas companhias e na pior das hipóteses recorrendo a cirurgias plásticas. Mas, ele sempre será negro!
Sendo assim, se ao contrário de outros oprimidos, os negros não possuem a opção de mudar determinadas características físicas, qual a solução para vencer o preconceito? Empoderar-se! Tomar conhecimento da própria beleza, da própria força e se libertar dos padrões pré-estabelecidos. Compreender que seu cabelo não bate na mãe, rouba ou mata, sendo assim não pode ser chamado de ruim. Que a cor da sua pele é linda e que seu nariz é perfeito do jeito que é.
A partir do momento em que os negros deixam de querer ser brancos eles começam a consumir produtos diferentes, produtos que os representem. Começam a ir a lugares, falar com pessoas e divulgam essas coisas. Isso cria um mercado, e consequentemente faz com que as grandes empresas lembrem que esse público existe e tem dinheiro para gastar. Dinheiro esse que eles querem muito receber. Porque o dinheiro não sofre racismo, ele é aceito independente de sua origem. É nesse momento que a verdadeira luta começa.
Obviamente o movimento de auto-aceitação negra vem de gerações, com muita luta e algumas poucas conquistas, mas nos anos de 2015/2016 vimos algo inesperado. Nesse meio tempo Beyoncé fez os americanos lembrarem que ela é negra, Viola Davis ganhou um prêmio metendo o dedo na ferida em seu discurso sobre negros não poderem ganhar prêmios por papéis que não existem e a ausência de um negro na premiação do Oscar não passou desapercebida.
Fatos relacionados, mas menos relevantes foram a escolha de um ator negro para interpretar o personagem L na adaptação norte-americana do anime Death Note, a peça teatral baseada no livro Harry Potter que contou com uma Hermione negra e a Marvel ter anunciado que uma jovem negra assumirá a armadura do Homem de Ferro em seus quadrinhos. Quis citar esses fatos aqui devido a repercussão nas redes sociais. Pessoas alegaram que os personagens haviam sido DESTRUÍDOS pelo simples fato da cor de sua pele ter sido alterada, mesmo levando em conta que essas mudanças não trariam nenhuma mudança significativa ao roteiro.
O que concluir disso então? Nós incomodamos! Existem milhares de negros no mundo, mas quando este mundo é representado nós somos omitidos. Escondidos, como se devessem ter vergonha de nós. Sabe quando são chamadas pessoas negras para fazer a figuração da cena de um filme? Quando querem representar uma cena que se passa em um bairro pobre. Você pode me acusar de ser paranóico, eu também já me acusei disso, mas então usei meu olhar crítico. Tente fazer o mesmo:
Olhe para a sua cidade, lembre das últimas cinco eleições, caso você tenha idade para isso, e me diga: quantos prefeitos negros vocês já tiveram? Algum? Ótimo! Não teve? Então quantos candidatos negros já tiveram? Lembrou de algum? Agora me diga, você acha que ter um negro em evidência, fazendo um bom trabalho é interessante para alguém além dos próprios negros? Talvez sim, mas por que abrir precedente?
Os EUA, um país chamado de Primeiro Mundo, que se tornou independente bem antes de nós e que possui uma população negra tão grande quanto a nossa só teve Barack Obama em 2009. Quanto tempo levará para que um negro assuma a presidência em um país onde afrodescendentes parecem precisar de cotas até para aparecer em comerciais de TV? Um negro para cada cinco brancos, essa é a fórmula.
Matematicamente falando, o fato de ter um apresentador de telejornal negro no meio de 15 brancos não é realmente relevante - na verdade é preocupante, visto que representamos 53% da população do país - mas perceber que algo está mudando causa o sentimento de estranheza em quem sempre teve todos os papéis a sua disposição. Por isso a Maria Júlia Coutinho é atacada nas redes sociais. Por isso a imagem de uma jovem de jaleco com o texto "a casa grande pira quando a senzala vira médica" gera textos gigantescos de brancos jurando que "somos todos iguais".
Hoje os negros possuem maior visibilidade, somos grande parte dos membros de equipes esportivas, deixamos nossa marca na música, estamos mais frequentes nas universidades e em cargos públicos. Entretanto, ainda somos ínfimos nos cargos de liderança das empresas, desaparecemos nas estatísticas de professores universitários e entre os médicos e infelizmente depois de tanto tempo continuamos sendo a maioria na população das periferias, nos subempregos e nas penitenciárias.
Ser visto, ser lembrado, ser notório, essa é a marca do negro, esse é o seu talento e é com essa marca que venceremos todos os preconceitos e imposições sociais. Assim mostraremos que também somos belos, capazes e virtuosos porque os privilégios deles podem ser históricos, mas a nossa luta também é.
Esta é a Minha Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos"
Fontes:
Discurso de Viola Davis.
Sim, Beyoncé é negra.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2016
A Procura da Felicidade
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terça-feira, 2 de agosto de 2016
O Poder do Branco
Ninguém preenche um cheque e o entrega em branco para outra pessoa, isso é perigoso, pode culminar em serias consequências. Ninguém vai a um restaurante desconhecido olha para o garçon e diz: Meu querido, me surpreenda! Seja lá o que ele trouxer, terá de ser pago. Você não vai querer correr o risco que seja algo que você não queira, pois dar a outro autonomia para escolher por você não te isênta da responsabilidade e por mais que você ache que é indiferente fazer ou não a escolha já que qualquer das opções dadas não seriam a escolha ideal, pense que ainda pode ter uma menos pior.
Bem, caso o assunto deste texto ainda não tenha ficado claro para você eu vou direto ao ponto: o que você tem feito com o seu voto? Tem aplicado e investido em algo que valha a pena ou tem entregado nas mãos de outros para que façam o que bem enterem? Em uma entrevista o então Ministro, Marco Aurélio Mello, declarou que o voto nulo é a melhor forma de "Dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia e deixar o vendaval passar, é a melhor forma de comprometer negativamente o futuro do país".
É isso mesmo, toda essa história que votar nulo para mudar o pais só coloca o poder de escolha na mão da minoria, pessoas menos capacitadas e facilmente influenciáveis por propagandas bonitas e palavras difíceis, ou pessoas que se beneficiam com a eleição de seus respectivos candidatos.
Então, saia um pouco da rede social e vá pesquisar sobre o passado dos candidatos, seus projetos, partidos e círculos de amizades, hoje temos um acesso a informação que nossos pais nunca tiveram, vamos tentar usar para algo útil. Vá cobrar o hospital, a creche, a diminuição de tarifas que o prefeito prometeu quando era candidato. Reclamar da rua esburacada no facebook só funciona se você tiver o prefeito na sua lista de amigos, mas você sabe, essa é apenas a Minha Humilde Opinião.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Embriagados de "amor".
Ass: Bruno Santos
Fonte:
Livro: Mitos Sobre o Matrimônio: o "Príncipe Encantado" - Robson Oliveira
http://ecclesiae.com.br/mitos-sobre-o-matrimonio-o-principe-encantado
sábado, 16 de julho de 2016
Mãe é Mãe.
meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre." (São Lucas 1,46-55)
Ass: Bruno Santos
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terça-feira, 5 de julho de 2016
Domingo de Manhã (Por: Caroline Macedo)
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sábado, 2 de julho de 2016
Tem Gente Morrendo
A vida humana está sendo banalizada. Nossa dignidade se perdeu em meio a tantos rótulos e denominações. Nos tornamos estatísticas, números e pontos de audiência.
Essa banalização precisa cessar. Precisamos olhar para nós mesmos com dignidade e respeito, compreendendo que a busca pela preservação da vida de nossos semelhantes deve independer de diferenças políticas, religiosas, éticas ou étnicas.
No dia 11 de Junho, 49 pessoas foram mortas em uma boate em Orlando, o fato dessa boate ser destinada ao público LGBT não passa de um mero detalhe. Antes de serem homossexuais ou qualquer outra denominação que possam receber suas práticas sexuais, eles são seres humanos, filhos e filhas de alguém. E essas mortes são perdas imensuráveis.
Se nos escandalizamos com a morte de onças, gorilas e jacarés (que também aconteceram por motivos estúpidos e desnecessários), por quê o assassinato de bebês ainda no ventre é tratado com naturalidade tantas vezes? Policiais executados, crianças mortas na porta de suas casas, pessoas alvejadas durante tentativas de assalto ou ceifadas pela espera nas filas dos hospitais tem em suas almas o mesmo valor.
Aliás, "Amarás teu próximo como a ti mesmo" (Mateus: 22,39) conta para todo mundo, não apenas para quem você gosta. Isso significa que os ladrões, assassinos, estupradores e pedófilos também merecem seu amor. Entenda, amor verdadeiro, amor que pune e ensina, mas que também perdoa.
Que não façamos distinção de pessoas, possamos valorizar cada vida e lutar para que nenhuma se perca “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça (João 3,16)", mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos
Fontes:
Poema: Tem gente morrendo Ana
http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2016/06/noticias/mundo/347545-saiba-como-aconteceu-o-massacre-na-boate-pulse-em-orlando.html
http://www.jornaldecaruaru.com.br/2016/06/artigo-o-gorila-o-crocodilo-e-a-onca-por-severino-melo/
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sábado, 18 de junho de 2016
Com que touca eu vou?
sexta-feira, 10 de junho de 2016
X-Woman
sábado, 4 de junho de 2016
Bom dia, boa tarde e boa noite.
Nesse contexto o "Bom dia, boa tarde e boa noite" se tornaram muito mais que cumprimentos, eram um cartão de embarque. Sei que em outras partes do Brasil é diferente, as pessoas se cumprimentam por educação, mesmo sem nunca terem se visto.
Mas, onde eu cresci, só se fala com quem se conhece, e ter um rosto familiar pode te livrar de problemas. Hoje, sendo um negro de 1,80m, sei que um "Boa noite" em uma rua escura também ajuda a baixar as guardas e dissipar a tensão no ar. Mesmo que não completamente.
Muitos dos garotos que ainda jogavam bola na rua enquanto eu saia para a igreja continuam na mesma rua, mas agora com armas na mão e eu sei que sem aquele cumprimento de anos atrás eu seria um estranho para eles, consequentemente uma ameaça e possivelmente um alvo.
Certas vezes me deparo com senhoras idosas que me sorriem e perguntam como vai minha família, não faço ideia de quem são a maior parte das vezes, mas tenho a tranquilidade para lhes sorrir e dizer que estão todos bem. Pois, sei que elas se lembraram de um cumprimento que lhes ofereci algum dia a anos atrás.
Quando você deseja um bom dia a alguém está gravando uma impressão sua na mente da pessoa, mesmo que seja no subconsciente. Pode parecer bobo e até desnecessário dar bom dia a um desconhecido, mas de certa forma isso demarca um território.
Afinal, você não fala com estranhos em lugares que você não conhece. Seu cumprimento te dá poder sobre o espaço, por mostrar que naquele lugar você se sente seguro.
Sei que para mulheres a coisa é mais complicada, já que existem homens que não sabem a diferença entre educação e interesse, mas ainda assim, vale a pena um olhar nos olhos vez ou outra. Você pode não se lembrar, mas outros lembrarão de você.
A política da boa vizinhança não nos impede de ser assaltados na esquina da nossa casa, não torna desnecessário o uso de cadeados ou trancas, mas nos dá a sensação de companhia quando tudo parece ameaçador, então não negue um sorriso a um vizinho nem deixe de lhe oferecer um cumprimento. Mas essa é apenas a Minga Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos.
terça-feira, 22 de março de 2016
Geração Desconstrução
Rolha de poço, loira burra, macaco, macumbeiro, bicha, favelada, piranha. Se você nasceu durante, ou antes, dos anos 90 já escutou todas essas expressões. Talvez uma delas já tenha sido direcionada a você.
Acontece que estamos vivendo em uma geração diferente. Gordofobia, Racismo, Machismo, Xenofobia, Preconceito Linguístico, Social, Cultural, são conceitos que não eram divulgados nessa época. Eu disse NÃO ERAM DIVULGADOS, não disse que não existiam, obviamente. Eu mesmo fui chamado de baleia por boa parte da infância. Sinceramente, sabia que existiam coisas piores das quais ser chamado e geralmente reclamar só fazia as coisas piorarem, então, eu aceitei quieto e segui minha vida. Não tenho condições técnicas de analisar as consequências disso em minha forma atual de ver o mundo ou a mim mesmo, mas provavelmente é diferente da forma de alguém que não sofreu qualquer agressão.
Hoje, estamos na era da informação, onde cada espirro das “celebridades” é divulgado mundialmente, cada início e término de namoro ou saída de casa sem vestimentas tidas como “adequadas”. Se é assim para as coisas fúteis, precisa ser para coisas primordiais como direitos humanos e civilidade. Vejo muitas pessoas reclamando nas redes sociais e apelidando essa de Geração “MiMiMi”. Apontando seus “adeptos” como reclamões incansáveis que nunca estão satisfeitos com nada. Alegando que no tempo deles era diferente. E era, mas as coisas sempre mudam.
Quando eu era mais novo, ser Nerd era motivo de vergonha, hoje é cult. Nós cantávamos “Au au au, vai descer quem mora mal” quando nossos amigos desciam do ônibus no passeio (mesmo que morassem apenas uma rua antes de nós), hoje estaríamos todos presos. Nós achávamos demais quando aparecia um pedacinho de seio na Sessão da Tarde, hoje você vê pornografia pra todo lado, querendo ou não. Naquele tempo levar dois reais para a escola fazia de você um Playboy, bem, ainda faz se você for universitário, mas essa quantia não compra mais o que já comprou.
O ponto em que eu quero chegar aqui é: somos as mesmas pessoas, vivendo no mesmo mundo, mas agora com voz. Uma voz que deve estar resguardada por uma amplitude de conhecimentos, mas, basicamente voz é o que temos.
Se a alguns anos você comprasse um produto e este apresentasse um defeito suas opções eram ir na loja ou procurar o PROCON. Hoje em dia você pode falar diretamente com o fabricante e, acredite, isso pode resolver os seus problemas, afinal, que marca quer ficar mal falada na grande rede? Nenhuma! A sua opinião é um poder que as marcas temem, principalmente se você souber como expressá-la. Que o digam os YouTubers que estão ganhando a vida simplesmente expressando opiniões em vídeos, atitude que parece ter entrado para a cultura mundial de forma definitiva.
Ser discriminado por um professor, policial ou funcionário de loja pode resultar na demissão e até prisão do mesmo, isso apenas com o auxílio de uma simples câmera de celular. Essa é uma nova etapa no desenvolvimento humano. Obviamente o nível ideal será aquele em que ninguém descriminar ninguém, mas até lá, nos contentamos em ver punidos os que levam a diante essa cultura de ódio e segregação.
A internet é um espaço democrático onde a pessoa com acúmulo de tecido adiposo pode enaltecer a beleza de suas curvas; a negra pode se apoderar da cultura afro e conclamar seu protagonismo; assim como a feminista pode exigir um tratamento igualitário para si em relação aos homens que exercem a mesmo função que ela em seu emprego, mas inexplicavelmente recebem mais. Essas pessoas sabem que o fato de algo ter se tornado “normal” não a torna boa e estão lutando a sua maneira para que as coisas mudem. Lutando contra esses preconceitos com os quais vivemos a tanto tempo que passaram a ser confundidos com opinião.
Entretanto, as postagens e textos gigantes nas redes sociais não podem ser tidos como meio único de divulgação. Eles devem se traduzir em atos concretos também no nosso cotidiano. Devem se transformar em conversas em filas de supermercado, pautas de reuniões de família e amigos. Pois só se pode combater aquilo que se conhece, só se pode decidir se algo é certo ou errado depois de debater amplamente esse assunto e desconstruir preconceitos naturalizados pela reincidência, mas essa é apenas a minha Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos
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sexta-feira, 11 de março de 2016
Falência Múltipla dos Órgãos
terça-feira, 1 de março de 2016
Precipitação
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Papel de Foto
Não é Problema Meu
Todos os dias nos deparamos com situações que exigem uma intervenção, mas, por muitas vezes, acreditamos que essa interferência não seja nosso encargo e sim de outro:
-A luz daquela sala que ninguém está usando está acesa. Mas não fui eu quem ascendi.
-Essa mesa está suja. Eu odeio trabalhar na sujeira, mas esse trabalho não é meu.
-Aquela senhora não vai conseguir atravessar a rua sozinha, alguém deveria ajudá-la.
-Aquela criança está com cara de perdida, tomara que alguém ajude.
-Aquele cara vai matar a esposa de tanta pancada, mas em briga de marido e mulher não se mete a colher.
-O pai daquele meu amigo está no boteco de novo. Coitadinho dele, vai ter que vir buscar o pai bebúm no meio da madrugada.
-Aquele garoto que era da igreja está andando com uns garotos do tráfico no colégio, tomara que alguém converse com ele.
Todos nós somos responsáveis, não apenas por nossos atos, mas também por nossas omissões. Existe uma frase popular na internet que diz "Existem dois tipos de pessoas más, as que fazem maldades e as que não agem para evitá-las".
Quando Caim foi questionado por Deus sobre o paradeiro de seu irmão ele respondeu "Serei eu o seu guarda?", como quem pergunta, "Eu sou o babá dele?". Acontece que Caim já havia matado seu irmão e sabia muito bem onde ele estava.
E você, por que se priva de zelar pelo seu irmão? Você já o matou em seu coração? Você sabe o que ele tem feito? O que te impede de lhe estender a mão? Será a inveja como no caso de Caim? Ou será vergonha por cometer erros tão graves ou até maiores que os dele? Será que você realmente está tão acomodado ou se acha tão melhor que ele que acredita que ele não mereça uma chance?
Diversas situações cotidianas nos levam a realização de testes, de paciência, persistência, humildade, de fé. Testes que nos fortalecem ou nos destroem, de acordo com nosso preparo. Nós, obviamente, não estamos prontos para todos os desafio, mas podemos encontrar as respostas se buscarmos no lugar certo.
Gálatas, 6, 1-3
"Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados pelo Espírito, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que não caias também em tentação! Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo. Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo."
Que possamos saber estender nossos braços aos nossos irmãos e mostrar a caridade cristã que nos foi ensinada.Que saibamos tomar uma atitude e sair da nossa área de conforto para ir até a necessidade dos outros.
Ass: Bruno Santos
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domingo, 3 de janeiro de 2016
Corrida de Obstáculos
Essa semana estava com minha namorada na fila de um desses quiosques de redes de fastfood que vendem sorvetes. Em nossa frente, estava uma idosa com seu neto que queria um sunday. Ao que me parece a senhora queria satisfazer a vontade do neto, mas não sabia como se chamava ou quanto custava o que ele queria.
Bem, como o nome diz, fastfood vende "comida rápida", então, os funcionários são treinados para atender com presteza e eficiência. Já no que se refere à simpatia, o comportamento desses jovens me deixou na dúvida sobre a política da rede. Ver três jovens fazendo caretas, revirando os olhos e apressando uma idosa não são imagens que ajudem a abrir meu apetite.
Nesta mesma semana, ao ir, desta vez com uma jovem cadeirante, até uma filial dessa rede no Centro do Rio e perceber que só haviam mesas no segundo andar, onde só era possível chegar após subir dois lances de escada, notei que havia algo de errado.
Se já não bastassem as ruas esburacadas, cheias de ondulações e paralelepípedos, a ausência de rampas, ou inadequação das existentes, a falta de espaços e mobiliários adaptados, ainda é preciso que essas pessoas, tanto idosas quanto deficientes, convivam com a incompreensão e o preconceito. Todos nós temos uma velhice nos aguardando no futuro, alguns podem ter cadeiras de rodas ou muletas antes disso, sejam temporárias ou permanentes. O fato é que precisamos aprender a olhar para essas pessoas com o respeito que elas merecem.
Um idoso tem sua velocidade, raciocínio e resistência comprometidos, isso não é uma novidade! Se alguém não possui capacidade para enchergar isso precisa de mediação. Entretanto, assim como as pessoas com deficiência, os idosos precisam ter preservado seu direito de ir e vir. Parece que todas as dificuldades que essas pessoas já tem não são suficientes e por isso as ruas precisam parecer um circuito com obstáculos. Eu me arriscaria a dizer que eles são indesejáveis e por isso deixam as ruas assim para desencorajá-los a sair.
Estamos prestes a receber as paraolimpíadas em nosso Estado que já tem a educação, saúde e segurança sucateados, ainda por cima teremos que baixar a cabeça e ouvir calados as reclamações dos atletas paraolimpicos que não vão conseguir sequer dar uma volta no quarteirão sem sofrer um acidente. Cadê os milhões investidos no "padrão FIFA"? Aquele dinheiro todo foi só pra construir estádio mesmo?
Estamos entrando em um novo ano, é um tempo adequado para se tomar uma nova atitude. Que possamos nos preocupar menos com a implantação da ideologia de gênero nas escolas e mais com inclusão de cadeirantes, surdos e mudos. Que possamos compreender que um idoso não é alguém sem utilidade social, mas sim um poço de sabedoria que deve ser admirado e respeitado, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos.
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