terça-feira, 27 de outubro de 2015

Objetificação da mulher, primeira etapa da violência (Redação do Enem 2015)

     A violência é um resquício primitivo no ser humano moderno que o acompanha ao longo dos séculos e não parece estar próximo de ser abandonado, entretanto quando essa violência é manifestada por um homem contra uma mulher ela tem raízes diferentes das de sobrevivência ou proteção de um território/bem que os homens das cavernas possuíam.
     No Brasil essa violência teve seus primeiros registros com a chegada dos portugueses. Por não estarem habituados a ausência das roupas das indiana e terem ficado tanto tempo no mar sem sequer verem uma fêmea da própria espécie, acabaram encontrando nas índias uma chance de satisfazer seus desejos, e nesse momento consideraram o consentimento delas dispensável.
     Vendo que esses abusos atrapalhavam na relação entre os povos, os portugueses procuraram as escravas como uma alternativa. Por serem tidas como um patrimônio elas eram privadas do direito de dizer não e logo esta prática se tornou comum, mesmo entre os homens casados que deixavam suas esposas na Casa Grande para irem dormir na senzala. Com o passar dos anos não apenas a mulher negra, a famosa mulata, como também a mulher brasileira acabou se inserindo no imaginário, não apenas nacional, mas mundial, como um símbolo de sensualidade.
     Como herança disso, vivemos no país um quadro de super objetificação da mulher que não apenas é levada a expor seu corpo tal como se expõe peças de carne nas vitrines dos açougues, como também tem inserido em sí um sentimento de inferioridade em relação aos homens. Mesmo após tantos anos elas continuam tento seu intelecto subjugado em detrimento de sua aparência física e sofrendo variados e cruéis tipos de assédios, independentemente de já terem representantes entre os cientistas, presidentes e ganhadores do Prêmio Nobel.
     A Lei Maria da Penha foi um grande avanço do Brasil na proteção a suas mulheres, mas é preciso mais que punir, é preciso conscientizar, mostrar nas escolas as figuras femininas que fizeram história e provar que gênero humano tem igual valor em ambos os sexos.

Ass: Bruno Santos

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