sexta-feira, 15 de maio de 2015

Um Retrato da Educação no Brasil

     Venho através deste artigo, expressar algumas opiniões sobre um problema que assola nosso país. A princípio deixo claro que não tenho ligação com nenhum partido ou movimento político, sendo eu um mero cidadão, um jovem nascido em São Gonçalo e criado em Niterói, ambas cidades do Estado do Rio de Janeiro, do qual não pretendo sair apesar da crescente onda de violência que vem massacrando a região. Minha motivação para esta carta veio da reflexão sobre um fato curioso que se passa em nosso país: os alunos das faculdades públicas são em sua maioria da classe média e média alta da sociedade, enquanto os que recorrem ao ensino particular são em sua maioria membros da classe média baixa. Não sei se isso acontece em outros países, mas sei que aqui é uma realidade irrefutável aqui.
     Os pobres não conseguem entrar para a faculdade pública! Primeiramente porque grande parte dos cursos, se não são de horário integral, tem horários que dificultam a possibilidade de conseguir um emprego, algo do que pessoas pobres precisam para ter como comer e se vestir. Em segundo o fato do ensino fundamental e médio da educação pública serem precários dificulta tanto a entrada quanto a permanência de um jovem em um curso superior, e se me permite dizer a "solução" que o governo deu para esse problema, as cotas, é uma das maiores enganações, uma improvisação que está se tornando permanente. Eu sou negro e tenho tanta capacidade para aprender quanto qualquer outro jovem de 24 anos, o que eu não tive foi uma base de ensino forte suficiente para passar em um vestibular sem um curso preparatório, o qual não tenho tempo de fazer por precisar trabalhar.
     Então, que tal ao invés de dar migalhas ao povo não começarmos a realmente mudar as coisas? Não adianta querer imitar atitudes que deram certo em países de primeiro mundo quando a educação do nosso país é de terceiro. Liberar a maconha não vai resolver o problema do tráfico e liberar o aborto não vai extinguir as clínicas clandestinas. Diminuir a menoridade penal não vai resolver o problema da criminalidade infantil sem uma reformulação na FEBEM, nos presídios, nas leis referentes ao cumprimento integral da pena e registros e é claro na EDUCAÇÃO.
     Eu estou postando esse texto para que outras pessoas possam ter acesso a esse pensamento e quem sabe levar esta realidade aos nossos governantes, e mais que isso, para que essa atenção com a educação possa ser cobrada por cada cidadão, em prol de um mundo onde o "mim" não conjugue verbo, os "porquês" sejam usados da forma correta, onde as pessoas tenham mais livros que filmes piratas e mais preocupação com a programação teatral da cidade que com os campeonatos de futebol. Pôs eu acredito em um mundo onde as pessoas se vistam e saibam que os outros são mais que parceiros sexuais em potencial, mas pessoas com sentimentos, sonhos e uma história de vida. Um lugar onde as músicas tenham refrões que façam sentido e danças que não denigram a imagem da mulher e nem a deixem aleijada futuramente.
     Esse mundo pode começar agora, pode começar no Brasil, basta que haja o devido investimento e reconhecimento na área que realmente pode iniciá-la e no profissional que esta encarregado de levá-la, se possível recebendo um salário digno sem precisar apanhar de policiais e com segurança para não apanhar de jovens revoltados, espero que essas palavras possam ser acolhidas e postas em prática, afinal elas são apenas a Minha Humilde Opinião.
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Ass: Bruno Santos

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